As engrenagens
enferrujadas
O motor já não
funciona
O corpo,
entorpecido já não sente mais,
Não se alimenta
de óleo, se alimenta da solidão
Sistemático e
seletivo, não por opção
Peças frias
refletem o corpo
Ora frio por
dentro e quente por fora
Ora quente por
fora e frio por dentro
Correntes de
amargura e tristeza se entrelaçam entre si
Formando a
dança mais apreciável que já se pode ter visto
Os dedos tortos
e incompletos rementem aos corpos antigamente tocados,
Os olhos num
ponto fixo, olham o futuro de maneira tímida e curiosa
As pernas, como
ficaram, traziam a inocência que ali foi perdida
A boca, com o
traço suave, marcava sua delicadeza, essa que talvez nunca existiu
As fotos, todas
emolduradas traziam a sensação de paz e conforto
Traziam a
liberdade, felicidade momentânea
Os sorrisos
perdidos, um dia se encontrarão, da maneira mais sincera e bonita
Os abraços não
serão apenas sentidos, e sim apreciados
E sentir com
prazer, será uma satisfação
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